terça-feira, dezembro 10, 2013

Depois das Seis da Tarde

Ontem choveu outra vez
E bem mais que ano passado.
Novembro é sempre assim
Um vermelho quente e as vezes um azul frio
Revejo imagens, reconheço musicas, gestos e olhares
Depois das seis horas
De muitas tardes
Eu vejo onde eu fui, quem eu fui e que nada foi perdido
Depois das seis da tarde
Eu penso na mesma porta que eu esperei
Sonhei, senti a presença...
Mas então outro Novembro terminou
Carros passam, pessoas vem e vão
Portas abriram, se fecharam, mudaram...
Depois das seis da tarde é quando tudo chega.

quarta-feira, outubro 23, 2013

SOU

Sou aquele que esta sozinho, aquele que esta ao seu lado,
Aquele que você não vê
Sou aquele quando  olha pro azul, que imagina, que sonha
Que ainda dorme
Sou o reflexo, que continua
Sol de Meio Dia
Lua cheia

sexta-feira, julho 05, 2013

Encontro

Pedro olhava de quinze em quinze minutos para o relógio, comparava com o mostrador da tela do PC do trabalho. Não via a hora de sair do trabalho e ir no barzinho que, já fazia uma semana, tinha combinado de se encontrar com Maria.

Haviam combinado de se encontrar, exatamente as 19:30, na frente do balcão. Ele, estaria de camisa azul, ela, de vestido vermelho. A ansiedade era tanta, que até quando deu o horário de sair, esqueceu de enviar o ultimo e-mail de relatório. Teve que voltar a ligar o PC, esperar aquela maquina obsoleta realizar todos os parâmetros enquanto olhava incessantemente para o relógio, e começou a digitar o mais rápido que pode.

Maria, acordou mais cedo e foi pra academia. Achava que aquela noite tinha que estar mais durinha que de costume, mesmo sabendo que até a noite não seria aquela serie para o bumbum que faria a diferença, mas para sua consciência, já seria um abono. Foi trabalhar e tentava notar se os colegas de trabalho a olhavam diferente, se sua intenção para a noite estava transparecendo mais do que ela queria, afinal, aquela noite prometia. Também, não era sempre que ela ia mais arrumadinha, aquele vestido era um tanto colado para o ambiente empresarial. Lembrou que não foi ao salão, e pensou “bom, no escuro todo gato é pardo, vai assim mesmo!”.

Maria chegou antes, deu uma olhada em volta, tentando acha-lo, mas de uma maneira blasé para não demonstrar que já estava molhada so de pensar no que viria depois, e foi em direção ao balcão. Pediu uma taça de vinho, ficou estrategicamente sentada de modo que pudesse olhar pelo espelho atrás das garrafas, quem chegava e podia até, ensaiar algum flerte.

 Pedro, pegou transito por causa de uma passeata, ele até gostava de passeatas, mas naquela noite ele so queria chegar logo ao encontro. Chegou com 4 minutos de atraso ao horário marcado, e foi direto ao balcão, e viu a moça de vermelho. 

Foi em direção dela ao mesmo tempo em que, um garçom descuidado, esbarrou num cliente, a bandeja cheia de copos de chopps virou justamente em cima da moça de vermelho que, com toda razão, perdeu as estribeiras, gritou, xingou, e saiu mais vermelha de raiva que seu próprio vestido, passou direto por Pedro e foi embora.

Pedro chegou em casa, sua mulher já havia chego e estava no banho.  Ele tirou a roupa, abriu a porta do Box e entrou. Não sabia como começar o assunto, se deveria confessar o porque de sua demora, mas mesmo assim disse: “Amor, você estava linda naquele vestido vermelho, na verdade, estava muito gostosa, se eu fosse cantar alguém naquele bar, era você!”

Maria então responde: “Que ódio viu, Pedro! Que garçom mais mané! Da próxima vez vou tentar uma mesa! Estragou meu vestido, e já tinha levado duas cantadas... mas vem cá, esfrega minhas costas!” 

Virou-se e empinou o bumbum. Pedro sorriu e pensou, que a noite não estava totalmente perdida.

quinta-feira, março 21, 2013

39

Eu fiz 39..sim, quase 40! Logo eu que sou o caçula da casa da minha mãe, eu que fui o primeiro a ir embora de casa, nao pra casar, mas pra viver a minha vida,eu que larguei emprego e namorada pra viver um endless summer, logo eu que fundou um moto clube com amigos, na epoca, poucos, ou quase loucos, todos amigos loucos, logo eu que disse que nunca iria parar, sim, logo eu, fiz 39.
Quando penso que fiz 39, tento me lembrar do que eu pensava dos 39, onde estaria aos quase 40, o que faria aos 40, e vejo que nao adiantou programar, pensar, pois tudo que faço hoje, aos 39, nao é nada do que pensei.
Olho no espelho e procuro um "jovem senhor de 40 anos" e o que vejo, nao é um moleque, claro, mas tambem  nao o senhor que procuro em mim. Confesso que melhorei, e acredito que a minha volta notaram isso, mas logo eu, que sempre fui a ovelha negra, quase 40.
Mas e aí, valeu? Valeu sim, e continua valendo!