quarta-feira, dezembro 21, 2005


Queimei minha lingua, lingua de sapo, de trapo, sogra e de papo! Queimei a minha cara, minha vergonha e minha ínfima lucidez.  Sei que ja tinha dito que isso era passado, era vago, um zero à esquerda, mais esquecido que reserva de time B, mas la se foram as fichas, os dados jogados e apostados no vermelho nº 5.
Queria uma guerra das antigas, daquelas que se lutava por alguma coisa, daquelas em que nao se escondia, daquelas que se acreditava e enfrentava, daquelas que tinha uma princesa e um dragao, as vezes, era a mesma pessoa, tudo bem. Mas onde anda essa paixão?
Fui mau, me manda mais uma dose, sente-se aqui ao lado dos fantasmas, escute suas historias, venha ver a luz dos ponteiros juntos! É aqui que tudo acontece, onde tudo morre, onde passeia o bicho papão, onde somos todos convidados de Lestat.
Eu sei que fodeu, acabou a tequila e o arroz queimou, mas o que se faz quando não se tem muito a perder? Quando se para de jogar os milhos aos pombos? Continuo então aqui, nesse mesmo estado de torpor, nessa interperie de pensamentos sangrentos, fumacentos e etilicos.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

waiting


QUANTO TEMPO ESPEREI
QUANTOS SOIS EU VI NASCER
PRA DEPOIS MORRER
SEMPRE EM PAZ
ME GRITARAM UMA VEZ MAIS
QUE TUDO MUDA
ENVELHECE
ESQUECE...
MAS E A FALTA?
O ESPAÇO VAGO E BARULHENTO
O RONCO DA BARRIGA VAZIA
DE FOME DE VIDA
COR E BALANÇO
TUDO DETALHADO NUM LIVRO
CHEIO DE FIGURAS
PAGINAS AMARELADAS
E HISTORIAS CONHECIDAS