sábado, dezembro 22, 2007

Assim canina a humanidade!

Fim de ano, correria, presentes, festas, confraternizações
e com elas, inevitáveis ressacas.
Foi com uma dessas que fui impeduosamente
acordado numa manhã dessas. Só quem trabalha,
leia-se escravo, no ramo do "comércio" sabe o que significa
essa época: Tem hora pra entrar, mas nem fodendo tem
pra sair do trampo! Enfim, convenções trabalhistas à
parte, estava de folga, sabadão, tendo um luxuriante sonho
quando a campainha toca! Uma, três vezes..como sempre existe alguém
vendendo ou pedindo algo, tento ignorar mas alguém la fora nao desiste fácil.
Não sem a conhecida dor de cabeça, olho por entre as frestas da
cortina e me deparo com uma horda de engravatados
com pastas e reconhecíveis compêndios religiosos
á tira-sovaco. Espio o relógio, 8:30 da matina...
quem em nome de Deus sairia a essa hora, num sábado,
pra bater na porta dos outros??????
Pois sim, eles!!
E pelo tanto que tinha na rua, a fama da nossa casa
já deveria ter ultrapassado os limites da perturbação
da paz e já havia chego em alcunhas celestiais!
E que pessoal insistente este!! Eu devo ter feito
algum barulho ou moviemnto que não passou alheio
pelo mais perspicaz deles e entao, além da campainha,
bateram palmas.
Vencido, abri a porta e fui de encontro ao meus algozes.
Passaram-me folhetos, deram algumas pistas de como ser um verdadeiro
crente e seguidor da Palavra. Como poderia eu, explicar que naquele exato momento eu entederia algo da Palvra se nem ao menos conseguia esboçar uma sequer???
Fui salvo, por ironia do destino, exatamente por aqueles
que nunca conseguirão: Raiska e Nóia, heróis caninos!
Vendo minha total incopetência para desvencilhar-me
de toda aquela gente e talvez, incomodados tanto
quanto eu por serem acordados,
começaram a latir descontroladamente,
desconfortavelmente e até, por que não,
descaradamente entre mim e os outros!!
Vendo que nem eu, nem meus cachorros estavam deveras
contentes com tudo aquilo, foram embora e deixaram:
"Deus abençoe você e seus adoráveis cães"
AMÈM!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

BEBUM OMNIA VINCIT

HOJE NÃO USAREI DE MEIAS PALAVRAS
USAREI SIM DE LEMBRANÇAS
DOS CAMINHOS GANHOS DO MEU ALL STAR DE CANO BAIXO
E DOS DOIS PNEUS GASTOS DA MINHA MOTA
HOJE NÃO VOU CHORAR PELO UISQUE DERRAMADO
PELO CONHAQUE OU DO PÉ NA LAMA
HOJE NÃO,
VOU USAR SIM
DAS LEMBRANÇAS
DAS GARRAFAS ESVASIADAS E DAS MENTIRAS
GLUTONAS CONTADAS ENTRE UM COPO E OUTRO.
E QUANDO DEIXO TUDO SEM SENTIDO
TUDO TRANSFORMO EM COISA ALGUMA
E DE TODAS AS FORMAS
SÓ PRA VOCE NÃO CHEGAR EM CONCLUSÃO NENHUMA.
HOJE USAREI DAS LEMBRANÇAS
E JUSTAMENTE DAS QUE POUCO LEMBRO
INVENTAREI FINAIS MELHORES
SÓ PRA DIZER A VERDADE.

quarta-feira, outubro 17, 2007

CANNOT SLEEP



De passagem pelo tempo
junto o pó da estrada que percorri
com o do porta-retratos da estante
Deixo as pegadas no pó
pra você varrer debaixo do tapete.
Coisas da vida.
De passagem pelo tempo
ponho tudo a perder,
atraio vida, as vezes calor
reinvento cumplicidades
e ainda não consigo dormir.
Coisas da vida.
De passagem pelo tempo
inverno por sobre tua janela
veraneio pelas ruas,
e largo tudo em bares, lugares, olhares
pois ali que me encontro.
Coisas da vida.

cannot sleep
cannot sleep well
cause in my mind
isn´t one life´s way
Coisas da vida.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Nao Pude Evitar

Não pude evitar
de dizer que já era tarde
de reconhecer que era verdade
que o melhor era ir pra casa
ao menos esta noite

Não pude evitar
quando paguei pra ver
o quanto valia o sonho
e nada disso foi errado
apesar de tudo eu ter quebrado

Não pude evitar
quase sem querer deixar esperando
dizer a verdade
mesmo mentindo e
acreditar nas mentiras dessas verdades

Não pude evitar
de saber a presença
não tentei evitar
deixar a janela aberta
não quis evitar

Foi pra descobrir
o Homem inventou óculos escuros
porque Deus teimou em criar
a lágrima.

quinta-feira, maio 03, 2007

Caminhos

Ecatombe
Nakatomi
lembranças que Monte Fuji.
Reciprocidade
imparcialidade,
pedaços de mim mesmo.
Eclipse,
sinapse
Lida
constante vida.
fecho a luz e apago a porta ,
acenda o som,
nada importa.
Apenas flores desenhadas.
Espera,
certeza esperta.
Pensamentos fugidios,
cachorro de sentimento vadio.
Windows Media,
CD, bucólicas fitas player.
daikiris
entorpes capivaris.
Chamada que não se vê,
sinal deixado
palavra que não se lê.
Quimeras,
réquiem, alguém.
Velas de madrugadas acesas,
galhardia,
o que interrompe o dia?

sexta-feira, março 09, 2007

Once upon the time

De uma antiga memória
Nada poderia ser real
Apenas o vento
Ouviu o que não pôde ser dito
Do que não pôde ser conhecido
Fogo que não pôde ser queimado
Noites que passaram
Luares que não brindaram
Povoando pensamentos
Não resistindo ao chamado
Vigio pelas estrelas
Vias de um caminho cortado